Práticas ESG: o que são e quais as vantagens para meio ambiente, empresas e sociedade.

Práticas ESG: o que são e quais as vantagens para meio ambiente, empresas e sociedade.

A busca por processos sustentáveis dentro das empresas sempre foi um desafio, e já se pode considerar que hoje, as adaptações neste sentido são uma necessidade urgente que estão redefinindo o rumo dos negócios. Frente a este cenário é que as práticas ESG ganharam notoriedade nas décadas mais recentes.

Mas, será que toda empresa sabe exatamente o que são as práticas ESG? E a sociedade, no geral, está por dentro do impacto positivo que pode desfrutar diante da implementação destas práticas?

Confira neste artigo os conceitos básicos sobre ESG e algumas de suas principais vantagens para empresas, meio ambiente e sociedade.

O que significa ESG?

A sigla ESG significa Environmental, Social and Governance – referentes à sustentabilidade Ambiental, Social e de Governança Corporativa, em português – e foi utilizada pela primeira vez em um relatório intitulado Who Cares Wins, da Organização das Nações Unidas (ONU), o qual indicou a tendência de empresas aliarem seu aumento de valor em termos de negócios e mercado à promoção de benefícios ambientais e sociais.

Trata-se de uma maneira de sintetizar três compromissos que empresas devem ter diante de suas práticas, posicionamento e gestão em prol da conservação do meio ambiente, bem como diante de populações que vivem em suas proximidades ou que podem ser afetadas por suas atividades.

Pode-se dizer, ainda, que o foco das práticas ESG engloba ainda o combate a más práticas corporativas, especialmente aquelas que interferem negativamente em políticas sociais e ambientais sem vistas à compensação.

Não à toa, hoje as práticas ESG são consideradas muito mais do que ferramentas de gestão ambiental e tendência de mercado: são também alicerces fundamentais de desenvolvimento e competitividade, e até mesmo marketing positivo frente à sociedade.

Objetivos e vantagens de práticas ESG

É válido mencionar que práticas ESG podem ser consideradas como ferramentas que possibilitam a gestão de recursos financeiros sem comprometer fatores ambientais, sociais e a transparência dos negócios frente ao mercado.

Tamanha é sua importância, que suas métricas entram para a análise de diversos investidores, acionistas e outros stakeholders que visam empresas com rumos sustentáveis de atuação – além, é claro, de servirem com uma ótima vitrine perante à opinião pública.

Dentre as principais vantagens do ESG, ainda podem ser citados fatores como melhora de eficiência produtiva a partir da redução de custos operacionais, maior facilidade de acesso às linhas de crédito verde, emissão de greenbonds e redução de riscos de problemas jurídicos e trabalhistas.

Exemplos de práticas ESG

Como comentamos, as práticas ESG levam em consideração três pilares fundamentais, que se dividem em objetivos ambientais, sociais e de governança. Ainda assim, você pode estar se perguntando se conhece, de fato, alguma prática ESG (mesmo já entendendo o cerne de suas aplicações).

Por isso, nós separamos alguns dos principais exemplos de cada um destes objetivos para você ter uma noção maior do impacto positivo que estas práticas promovem. Confira:

Ambiental (Environmental):

Princípios e práticas consideradas e implementadas em empresas que tenham por objetivo a conservação do meio ambiente, sejam estas preventivas, de compensação ou otimização.

Alguns exemplos incluem:

  • Redução da emissão de poluentes hídricos e atmosféricos – incluindo a descarbonização;

  • Gerenciamento interno e correta disposição de resíduos sólidos gerados;

  • Adoção de práticas sustentáveis de uso e conservação de recursos naturais;

  • Estudos e aplicações de práticas de redução de impacto ambiental individual e coletivo dentro da empresa;

  • Avaliação periódica de parâmetros relacionados à gestão ambiental interna, e posterior apresentação de dados relevantes para todos os setores da empresa;

  • Educação ambiental para funcionários, parceiros e sociedade.

Social:

Princípios e práticas que indicam a maneira como a empresa interage com as pessoas em seu raio de abrangência.

Dentre estas, podem ser citados:

  • Participação ou até mesmo idealização de eventos e causas sociais;

  • Garantia de um bom ambiente de trabalho em termos de comunicação, segurança e saúde;

  • Garantia de ciência e prática dos direitos trabalhistas;

  • Estudos e atividades voltadas à prevenção de impactos sociais locais e regionais.

Governança Corportativa (Governance):

Princípios e práticas voltadas à transparência da gestão dos processos da empresa.

Para tanto, alguns dos principais exemplos deste pilar da ESG incluem:

  • Controle de processos internos relacionados a todas as atividades da empresa;

  • Cumprimento da legislação vigente e políticas institucionais;

  • Garantia da não-prática de corrupção, esquemas de lavagem de dinheiro e exploração de mão de obra fora dos requisitos legais;

  • Disponibilidade de arquivos referentes às políticas de remuneração de diretores, bem como documentações jurídicas e trabalhistas;

  • Prestação de contas corporativas;

  • Prezar por posturas moral e ética em negociações, independentemente do período em que estejam em vigor.

Conclusão

As práticas ESG consideram três fatores utilizados para avaliar o desempenho de uma empresa em termos de sustentabilidade e responsabilidade social, em especial à preservação do meio ambiente, questões de justiça social e relacionamento com possíveis investidores e, ainda, transparência e ética empresarial.

Desta forma, estas práticas se tornaram uma importante métrica para investidores preocupados com questões além do retorno financeiro, que visam empresas que demonstrem compromisso com o bem-estar global e a sustentabilidade a longo prazo.

Você já refletiu sobre como as práticas ESG podem trazer efeitos benéficos para o meio ambiente, para a sociedade e para você mesmo? Comente aqui e continue conferindo mais artigos em nosso blog!